terça-feira, 27 de abril de 2010

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abraça-me, cala-me, faz-me desaparecer.
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não sentes como me sinto? quase a enlouquecer. cheia de medo de amar, tanto medo, mete tanto medo o amor. e depois, imagina tu, o que pode acontecer. não acontecer nada. é demasiado perigoso, imprevisível, impossível de controlar, deve ser morto logo que apareça...
a vida é sempre a mesma e diferente. a náusea, sabes o que é? se quiseres podes ir ver ao dicionário. mas não vais saber. já disse, não vale a pena dizer outra vez. amo-te muito. não te quero ver. para quê? não me lixes, merda. acaba com isto que eu não aguento mais. abraça-me e cala-me com a tua boca sobre a minha. já, que eu não aguento mais.


Pedro Paixão

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