Um ele, e uma ela...
A ela anda pela rua com uma capa na mão repleta de folhas. Têm escritas poesias que tenta vender aos estrangeiros que de máquina fotográfica em punho assustam a pacatez de Fernado Pessoa ali mesmo na brasileira.
O ele, apenas um ele que barafusta em voz alta perante os olhares interrogativos de todos os que passam ou que bebem uma bica.
O diálogo que se ouviu foi o seguinte:
Ele - É uma vigarista. As poesias que ela tem são minhas.
Agora anda aqui na rua a vender as minhas poesias às pessoas.
Ela aproximando-se dele com a voz bem mais baixa:
Ela - Este é o meu trabalho.
Em seguida,ela, dirigi-se a uma loja de pronto-a-vestir ( não faço publicidade ) e diz algo a um segurança da loja.
Uma terceira pessoa junta-se ao diálogo. Uma senhora de idade que permanecia sentada no degrau da esplanada da brasileira. E dali, do seu poleiro, vê a cena da loja e diz:
Senhora de idade - O Sr. não é guarda-costas.
Ele aproveita para acentuar ainda mais o seu discurso.
Ele- Vai-te embora oh vigarista.
( e eu digo como diz o slogan: " As pessoas são mesmo o coração de Lisboa"!)
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