domingo, 3 de janeiro de 2010

Lírica de Pardilhó




Então acordo e sinto a meu lado


o esplendor tranquilo


da amada que respira


adormecida deitada sobre o flanco


vertendo a prata dum sorriso




nas ravinas da noite


esferas cantam a alegria


é um sítio de grama rociada




e passam horas


durante as que da rua


ouvindo vozes turvas


eu ficarei teimando


na claridade a todo o preço


de que me falam aves






Fernando Assis Pacheco ( A musa irregular )

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